segunda-feira, 15 de março de 2010

Entendo a transitoriedade das coisas, mas me dá uma angustia quando algo acaba... Eu sabia que não faríamos planos, que não seria para sempre, que não iríamos construir nada juntos,mas durou menos do que eu esperava. Assim, nos moldes que instituimos...namoro...foi tão volátil que mal deu tempo de cair a ficha. Estamos aí, nos vemos, ficamos juntos, mas algo muda. Fica faltando a parte teatral que me faz falta. Concordo que é mais simples só combinarmos de nos ver e pronto, sem cobranças, sem chateações porque o outro não falou o que você esperava ou quando esperava. Tenho tendência de querer controlar demais a situação, e se algo não sai como planejei mentalmente, chego a me desesperar. Então, para o meu próprio bem, é salutar que eu continue sem compromisso. Sem compromisso, ouviram? Sem paixão, jamais!

Um comentário:

  1. DIALÉTICA DO AMOR

    Já te levei a céus azuis
    e às espumas brancas das ondas do mar.
    Conversando trivialidades ao por do sol
    à brisa leve
    O tempo parecia não passar...

    Hoje não quero
    Nada de perfeição nem harmonia
    Quero a paixão
    Da tempestade, do furacão
    Do céu multicolor em fúria
    Da rebentação das ondas
    Da ventania
    Da areia fatigando as pernas
    Do sol ardendo impunemente a vista nua

    Porque o amor é o prenúncio da morte
    E dela sobrevivente
    É rebento das circunstâncias construídas
    E vítima das que nos são impostas

    E embora desejável
    É imperfeito por definição
    Quase nunca resiste ao desafio da hesitação.
    Quem nunca, por uma única vez,
    Não duvidou ser amado?

    O amor é, portanto,
    O antagonismo das partes
    Na completude das mesmas
    Sem ser contradição.

    (Augusto Tavares)

    Esse poema me lembra algumas de nossas conversas passadas.

    Mudando de assunto: Dá uma olhadinha no blog que criei para postar as minhas aulas (aulasdoaugusto.blogspot.com)

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