Eu não queria. Ou melhor: a princípio queria, depois não queria e agora não tenho o que querer
ou não querer. Já estou assim, embrulhada dos pés à cabeça. Nem tento fugir, deixo o que tenho para sentir e continuo a viver meu gostar solitário. Sim, os cabelos se enroscaram. Sim, desenroscaram. Eu penteei o dele e ele penteou o meu. Foi o máximo de amor que pude sentir. Porque para mim o amor se expressa num desses modos, como o pentear dos cabelos. Sim, sorrimos. Sim, dormimos abraçados, mas nada disso nem chegou perto da sensação de ter os meus cabelos delicadamente penteado várias vezes, mesmo já sem os nós, só para que estivessem entre os dedos dele, entre o os dentes do pente. Sim, ele tinha razão: pente e paciência. Também tenho os dois baby!
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