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Ganhei de Augusto Tavares. Ele disse que fez a poesia e em seguida pensou em mim:
Perdoa-me!
Já não falo em ti.
Perdoa-me!
Desaprendi a mentir
Dizer que te querias breve e urgente
era vício de minh’alma decadente
Acreditar que encontraria em ti acalanto
não diminuiu meu pranto.
Pensar que me consolarias
e porias fim aos meus problemas
foi resultado de um dilema inventado.
Perdoa-me!
Deixei de fugir
Desejar-te como um abrigo eterno
só me fez desviar do caminho que sempre quis
e ainda quero.
Perdoa-me os momentos em que te provoquei
desesperada e intensamente.
De certo eu não fingia,
mas estava perdido e impaciente.
Não penses que sou covarde
ou que temo o teu encontro.
Sei que um dia acontecerá
o inevitável confronto.
Mas terás que vir a mim
porque eu não te procurarei.
Perdoa-me morte,
hoje prefiro viver
e, quem sabe, nunca morrer
no coração de quem me amar.
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