quinta-feira, 23 de julho de 2009

Perdoa-me!

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Ganhei de Augusto Tavares. Ele disse que fez a poesia e em seguida pensou em mim:


Perdoa-me!

Já não falo em ti.

Perdoa-me!

Desaprendi a mentir

Dizer que te querias breve e urgente

era vício de minh’alma decadente


Acreditar que encontraria em ti acalanto

não diminuiu meu pranto.

Pensar que me consolarias

e porias fim aos meus problemas

foi resultado de um dilema inventado.


Perdoa-me!

Deixei de fugir

Desejar-te como um abrigo eterno

só me fez desviar do caminho que sempre quis

e ainda quero.


Perdoa-me os momentos em que te provoquei

desesperada e intensamente.

De certo eu não fingia,

mas estava perdido e impaciente.


Não penses que sou covarde

ou que temo o teu encontro.

Sei que um dia acontecerá

o inevitável confronto.

Mas terás que vir a mim

porque eu não te procurarei.


Perdoa-me morte,

hoje prefiro viver

e, quem sabe, nunca morrer

no coração de quem me amar.

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