sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Do blog Brazileira!preta

"Das coisas esquecidas atrás da estante

O começo nunca teve fim.
Busco o sofrimento como o moribundo no deserto à procura de água, rastejando, cega e surda, sem sentir nada além do cimento na barriga.

Não, eu não odeio.
Eu não amo.
Eu não esqueço.
Eu não quero.

O começo nunca teve um fim e para sempre vai ser um começo, como os contos de fadas que acabam no meio; e foram infelizes para sempre. Sem fim, sem fim. O príncipe se enforcando na ponte do castelo, tirando a corda do pescoço ao fim da cena, porque é tudo uma grande farsa, e ele não é um príncipe, apenas um menino bobo.

E todo o dia seguinte é lindo e quente e ensolarado e me atordoa porque é claro demais e eu vejo todas essas feridas e lambo todas essas feridas e elas nunca cicatrizam, toda vez que o dia chega elas estão lá, no mesmo lugar, marcas de ferro e fogo ao lado do coração burro todo sujo de tinta. Então o tempo fecha e chove, chove, granizo castigando o mundo, o céu despencando, a lama correndo aos meus pés e me afundando, sujando tudo, o olho borrado, tudo embaçado, tudo errado e fora do lugar, o vento dançando nas cortinas, jogando umas gotinhas geladas no meu rosto, perguntando porque eu não chorei. Olha, eu tentei, o sentimento estava lá, engasgado na pontinha dos meus cílios, uma lua crescendo na minha garganta, eu entre o sofrimento que me daria o que eu quero e a felicidade que me dá o que eu acho que não posso suportar porque é bom demais, porque tudo que é bom está errado, o inferno é que está certo, cutucando minhas costas com um tridente e me empurrando para frente.

O dia tem luz demais, prefiro a noite, onde meus olhos ficam muito abertos e as coisas fazem sentido. De noite é tudo como eu quero. Não tem dia no inferno. Não tem dia, não tem flor, não tem nada bonito. O inferno, querido, é meu céu. O dia não faz sentido. Sofrer faz sentido, dê cá meu chicote, já que você não tem coragem de bater.

Sem fim, sem fim. Tudo que eu tenho é um ponto final. "



terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Farelo-coração

As formigas levaram meu coração para não sei onde...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

“O silêncio é um estranho absurdo: não se diz nada e se escuta tudo. (...) O silêncio é tudo.”
(Cidadão Instigado)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010!!

Estou comemorando a chegada de 2010 há algumas horas, com algumas das pessoas que mais amo no mundo, as pessoas que escolhi para serem minha família: minhas amigas. Preparamos juntas a ceia de ano novo, sempre cantando e fazendo a retrospectiva 2009, 2008, 2007, até o ano de 1996, que foi quando nos conhecemos. Todos esses anos de amizade e só agora conseguimos nos reunir para passarmos a virado do ano juntas. Quantas histórias, quanta vida para festejar. Amigas para os momentos bons e para ir juntas consertar o carro...rsrs...isso não é um momento bom, mas amigo é pau para toda obra, e seguimos nos apoiando nos momentos difíceis e festejando as alegrias. Quantos risos, quantas lágrimas, sempre nos apoiando uma nas outras. Esse ano que terminou de se encerrar foi maravilhoso. Retornei de onde precisava refazer minhas vida, reencontrei todos os amores que pareciam possíveis, consegui meu espaço. Meu espaço, onde moro, onde tenho tranquilidade, onde dito as regras, onde encontro o aconchego da minha filha, onde busco novas esperanças. Não me lembro de ter sido tão feliz antes quanto fui nesse ano de 2009. Que 2010 venha trazendo muitas esperanças, muita vontade de realizar os planos que estão aqui guardados na caixola, muita serenidade para enfrentar algo pesado (mas necessário) que vem pela frente.
Vida longa à amizade!
A família que escolhi para mim: (da esquerda para a direita) Joseane, eu, Marília, Eduarda e Katharine