quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Saudade de quando eu brincava de casinha. Lá eu podia largar as bonecas com fome, deixar a casa bagunçada, esquecer as panelas com comida no fogão. Meu mundo adulto me cansa e por vezes me faço de doida e deixo as coisas largadas, as louças sujas de um dia para o outro, atraso o almoço e não lavo as meias no fim de semana. Ser sozinha para tudo é um peso, mas também uma delícia. Aqui é o meu reino, eu que mando e desmando. Eu decido fazer ou não fazer.
Tenho andado muito e ouvido muitas histórias nesse meu novo e temporário trabalho. A maior parte do tempo estou só e cantarolo pelas ruas enquanto lembranças boas vão surgindo. O passado e presente estão interligados a todo momento. Ando e sinto saudade. Ando e sinto alegria. Ando e sinto solidão. Ando e sinto vontade de agradecer. E agradeço, por cada coisa que passei, por cada aprendizado que assimilei, por todas as paisagens que já vi. Tenho vivido dias bons, apesar da euxastão. Minha vontade de me fazer bem está cada vez mais firme e sinto que está perto o momento das coisas se definirem ao meu redor. Engano! Nunca sei o que virá. Os dias são surpreendentes exatamente por isso. Gosto dessa magia de não saber o que virá. Seria tedioso saber de antemão o que iria me acontecer, quem eu iria conhecer, o que eu iria ouvir. E não suporto tédio.
Vou lá, voltar ao mundo real. Ainda preciso arrumar umas coisinhas antes de dormir.

domingo, 1 de agosto de 2010

Ganhei poesia hoje!!!

Domingueira, amigo liga, traz cervejinha, conta as novidades e me presenteia com um poema que amei. Transcrevi aqui tal e qual estava no papel:


Reencontro * à Juliana Holanda


Parece que vive na terra do nunca,
Essa menina de eternos 15 anos,
De sorriso aberto
E olhos apertados.

Companheira etílica,
Amparo para as lágrimas,
Amiga que chora no meu ombro,
Paus de barraca pseudo-chutados.

Gosto de ti!
Definitivamente
E
Para sempre,
Gosto de ti!

Tua amizade tem gosto de kiwi,
Azedo com docinho no fim.

Amiga de meus amigos!
Sou teu amigo
Para aquelas horas de
"Pra onde ir?"

Vamos pro bar, meu bem!
Festejar a vida!
Esquecer as horas ruins
E matar a tristeza de cirrose!

Flávio Arruda

* Pessoa que conheci 12 anos atrás, reeencontrei e me identifiquei. Quem explica essas coisas?