quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Último post do ano

Fim do ano aí e vejo que consegui cumprir minhas metas. Precisei ser forte, corajosa e passar por louca para afastar de vez o que me fazia mal e priorizar o trabalho e minha filha. Os desejos mudam e nesse ano meu desejo maior era paz interior e foco em mim, no que quero, no que vou fazer para crescer como pessoa, para ser melhor nos sentimentos e atitudes. Se eu desvio o foco de mim, não faço o que deveria fazer. Então, dor sofrida à parte, o bem que isso vai me fazer, valerá a pena. Coragem para se fazer bem não é para todo mundo. Requer renúncia e muita determinação. Que venha 2011, que eu possa aprender mais e mais, que a vida seja generosa comigo e com todos que buscam o melhor. Que os erros que cometi possam ser perdoados. E, principalmente, que eu possa me perdoar por eles. Feliz Ano Novo a todos!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Período de férias escolares e fim de ano me deixam um pouco atordoada, pois saio do meu ritmo. Minha filha viaja, o apartamento fica silencioso, arrumado e vazio. Chego do trabalho e não tenho com quem conversar, não tenho para quem contar meu dia, não tenho ninguém para para me receber com alegria. Deixo de fazer supermercado, de cozinhar e de lavar as roupas. Parece que tudo desanda e ao invés de me sobrar mais tempo, sinto que ele escapa de mim. Passar o Natal sozinha esse ano também não vai ser agradável. Talvez eu chore, talvez eu me sinta só. Talvez eu apenas durma e acorde bem, ouvindo música, cantando a alegria de estar viva, produtiva e amando. O amor que sinto por várias pessoas é o que me fortalece e me dá energia; é o que me tranquiliza nos momentos de fragilidade. O ano, mais uma vez, passou rápido. Algumas coisas mudaram, outras permanecem iguais e outras nunca vão mudar. Sinto não estar perto da minha família em mais um Natal, mas é o preço que pago pelas escolhas que fiz. Quem sabe no próximo ano isso não mude? O importante é ter fé. "Fé na vida, fé no homem, fé no que virá".

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Quanto mais o tempo tem passado para mim, mais tenho entendido a sutileza nas mínimas coisas. Emociono-me ao ver o pôr-do-sol, ao sentir o vento, ao olhar para as nuvens. Há beleza em tudo! E meus sonhos e pressentimentos estão cada vez mais precisos. Outro dia sonhei com um namoradinho de adolescência. Ele me fez ficar doente, acamada, quando foi embora. Explico. Ele é argentino e estava em fortaleza de férias. Ele tinha 18 e eu 16 anos. Foi amor à primeira vista. Passamos os dez dias que ele ficou por lá juntos. Amor bonito, inocente. Passeávamos de mãos dadas, saíamos pra lanchar, tomar sorvete, ir à praia. Ele me telefonava do hotel e eu não entendia nada. Começávamos a rir...Só conseguíamos nos entender pessoalmente, pois usávamos muitos gestos. Íamos ao centro da cidade, fazíamos compras e nos divertíamos muito. Vivi um conto de fadas com ele, que culminou no dia da sua partida. Fui levá-lo ao aeroporto e fiquei esperando o avião partir, levando um amor para sempre...sabia que nunca mais iria vê-lo...Ah, achava que já tinha vivido todas as emoções com ele! Nada! sabe o que ele me aprontou? Quando todos já tinham subido no avião e eu esperava só ele decolar, eis que o danado me aparece na escada do avião, lindo, de joelhos, me dando seu coração e chorando. Desabei, chorei por duas semanas seguidas. não queria comer, não queria ir para a escola, não tinha vontade de fazer nada. Perdemos o contato. Naquela época não existia internet, ligação internacional era caríssima e falávamos línguas diferentes. A comunicação era praticamente impossível. O tempo passou, mas nunca esqueci dele, do amor que senti e da dor que me acompanhou por meses. Agora em novembro estava eu lindamente dormindo quando acordei de supetão, bem no meio de um sonho. Sonhava que o havia encontrado no facebook. Dei um pulo da cama e segui meu sonho. Digitei o primeiro e segundo nome dele e coloquei na busca do site de relacionamento. Foi em cheio! Vi a foto de um homem grisalho, com um bebê no colo e com aqueles mesmos olhinhos de outrora...Corri no tradutor e escrevi uma mensagem. Só ele entenderia, só ele...Felicidade total quando no outro dia ele me respondeu. Era ele! E ele ficou tão feliz por eu ter o encontrado! Disse que havia perdido o contato, não sabia meu sobrenome. Sei, desde aquele tempo, que não irei mais vê-lo, mas é tão bom reencontrar parte do nosso passado feliz. Imagino que ele sentiu o mesmo que eu. Toda aquela emoção e dor voltando e ao mesmo tempo toda a serenidade de saber que o que vivemos não ficou perdido. Está vivo, dentro de nós, para ser revisitado sempre que quisermos...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


A pessoa escreve, apaga, escreve, apaga. As palavras não saem como querem sair. Há uma espinha no meio da goela que impede que as coisas venham à tona com forma própria. Quero dizer que estou com medo do próximo inverno. Tenho suado tanto que não sei se estarei preparada para o frio que virá. Esse ano tudo foi tão bom! Assusta-me não saber do futuro. Se for algo ruim? Está tudo tão aprumado...Ou estava, sei lá. Acho que o que aconteceu foi que fui me adaptando a cada contratempo que vivi. Sou meio elástica, contorcionista, mágica. E adoro esse céu roxo de Campina. Hoje seria uma boa noite para ficar na varanda até os passarinhos acordarem. Posso trocar a noite de ontem pela de hoje? Posso ficar com todas as noites? O dia me cansa. O dia é áspero. A noite é bruma leve, é paixão. Continuo com medo, apesar da lua cheia...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sorrisos e Lápis de Olho

Ser e viver como se acredita é ofício para raros. A grande maioria se veste numa couraça envernizada, polida com cera fria. E tome blá-blá-blá sobre amor e liberdade, mas quando o negócio se inverte, quero ver gente se aguentar no próprio discurso. E tome sono! Ah, já senti muito sono em sábados, domingos e no meio da semana. Enquanto isso, nos bastidores, todas as cervejas do mundo continuaram disponíveis, todos os sorrisos foram extravasados e muitas músicas foram cantadas em coro. Sentir amor e querer liberdade é só um pretexto de preguiçoso, porque amar exige tempo, dedicação, atenção e falta de sono. Sem contar, claro, com a falta de liberdade. Pois se a liberdade vai, a liberdade vem. Bem lógico né? Mas tem gente que só quer a própria liberdade e ainda quer o tal amor. É querer demais...Então, dá licença, que não estou com um pingo de sono e vou continuar sorrindo com meu lápis preto no olho.

sábado, 13 de novembro de 2010

Eu vou, na bubuia eu vou...



O dia amanheceu lindo, azul, com passarinhos verdes na minha janela. Coloquei a rede na varanda e me embalei ao som da voz mais doce que conheço. Balanço sincronizado, coisa que só entende quem pode. Não adianta forçar. É natural e leve, como o vento que bagunça nossos cabelos. A cidade está silenciosa. Aqui, só nossas vozes, nossos risos. O mundo lá fora gostaria de estar aqui, nessa paz, nessa certeza.
Aquele abraço pra quem fica!

domingo, 7 de novembro de 2010

"Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira". Manoel de Barros

Acho graça de quem vem aqui, lê o que escrevo e toma isso como verdade. Escrevo para confundir. Digo qualquer coisa que as palavras me proporcionem dizer. Brinco, trocando o sentido das ideias. Não vivo o que escrevo. Vivo na minha imaginação. Faço dela um emaranhado com todas as linhas desse novelo. Não tentem me adivinhar. Minto com cara de verdade. E faço a verdade parecer mentira. Manipulo minhas faces e obtenho o olhar que desejo. Ninguém, ninguém me conhece! Até para quem acha que me conhece: eu faço você achar que me conhece.

Agora, para aliviar a ressaca do domingo, uma poesia minha:

O Tempo

O tempo dissolve cheiros, desmancha beijos, distorce imagens

O tempo esvazia o vinho, devolve a lucidez, imobiliza a saudade

O tempo engana os sabores, derrete o desejo, desencanta o sorriso

O tempo amolece a euforia, resseca a lembrança, entorpece a visão

O tempo recolhe as palavras, adormece as mãos, cala a vontade

O tempo desliga o abraço, desengrena a noite, enferruja a certeza

* * *

Ou seja, a ressaca também some com o tempo...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010



Passei um tempo fora daqui para mergulhar dentro de mim. Apaguei o que não merecia estar escrito e reiventei outra história. A transição foi lenta, difícil, cheia de lágrimas. Era preciso. E agora, como dizer da leveza que sinto? Parece que tudo entrou numa harmonia nunca antes experimentada. Forjei tantas despedidas, mas não precisei de nenhuma delas. Ele mesmo levou tudo numa mala pequena. Nem sei se levou tudo. Deve ter deixado algumas frases de lado, alguns conselhos esquecidos propositadamente e o principal: deixou aqui todo o amor que eu lhe tinha. Que bom que isso ele deixou. O amor agora é todo meu e vou dá-lo a quem merece, a quem me trata de modo inteiro, a quem não tem medo do tanto que tenho para dar. Faço parte do mundo! Finalmente sinto-me integrada à vida. Foi um presente o que recebi, com laço de fita e tudo...Não deixo mais as coisas boas escaparem!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nem ao menos dormir deveras...

sábado, 4 de setembro de 2010

É o que me interessa

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.

(...)

Lenine

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Saudade de quando eu brincava de casinha. Lá eu podia largar as bonecas com fome, deixar a casa bagunçada, esquecer as panelas com comida no fogão. Meu mundo adulto me cansa e por vezes me faço de doida e deixo as coisas largadas, as louças sujas de um dia para o outro, atraso o almoço e não lavo as meias no fim de semana. Ser sozinha para tudo é um peso, mas também uma delícia. Aqui é o meu reino, eu que mando e desmando. Eu decido fazer ou não fazer.
Tenho andado muito e ouvido muitas histórias nesse meu novo e temporário trabalho. A maior parte do tempo estou só e cantarolo pelas ruas enquanto lembranças boas vão surgindo. O passado e presente estão interligados a todo momento. Ando e sinto saudade. Ando e sinto alegria. Ando e sinto solidão. Ando e sinto vontade de agradecer. E agradeço, por cada coisa que passei, por cada aprendizado que assimilei, por todas as paisagens que já vi. Tenho vivido dias bons, apesar da euxastão. Minha vontade de me fazer bem está cada vez mais firme e sinto que está perto o momento das coisas se definirem ao meu redor. Engano! Nunca sei o que virá. Os dias são surpreendentes exatamente por isso. Gosto dessa magia de não saber o que virá. Seria tedioso saber de antemão o que iria me acontecer, quem eu iria conhecer, o que eu iria ouvir. E não suporto tédio.
Vou lá, voltar ao mundo real. Ainda preciso arrumar umas coisinhas antes de dormir.

domingo, 1 de agosto de 2010

Ganhei poesia hoje!!!

Domingueira, amigo liga, traz cervejinha, conta as novidades e me presenteia com um poema que amei. Transcrevi aqui tal e qual estava no papel:


Reencontro * à Juliana Holanda


Parece que vive na terra do nunca,
Essa menina de eternos 15 anos,
De sorriso aberto
E olhos apertados.

Companheira etílica,
Amparo para as lágrimas,
Amiga que chora no meu ombro,
Paus de barraca pseudo-chutados.

Gosto de ti!
Definitivamente
E
Para sempre,
Gosto de ti!

Tua amizade tem gosto de kiwi,
Azedo com docinho no fim.

Amiga de meus amigos!
Sou teu amigo
Para aquelas horas de
"Pra onde ir?"

Vamos pro bar, meu bem!
Festejar a vida!
Esquecer as horas ruins
E matar a tristeza de cirrose!

Flávio Arruda

* Pessoa que conheci 12 anos atrás, reeencontrei e me identifiquei. Quem explica essas coisas?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Já tinha entendido. Puxou o edredon e aqueceu os pés . Seria assim daqui pra frente. "Enclausurar a flor no livro". Questão de se manter sã! É só praticar diariamente.

domingo, 25 de julho de 2010


Coisa boa é andar. Andar e ver como o tempo mudou. O céu agora é cinza e o vento bate gelado no rosto, nos cabelos. Um frio bom por fora. E por dentro o coração aquecido, a alma tranquila, a leveza de saber que estou fazendo o certo. O mais, o tempo me presenteará.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Voarás

Essa música é de uma delicadeza ímpar...


domingo, 27 de junho de 2010

Omeletes e recordações

Então eu fiz um omelete. Era simples, de carne moida, mas bem recheado. Nem sabia que aquele prato iria trazer recordações a ele. Disse que era a cara da sua infância pobre. Sua mãe sempre fazia omeletes para driblar a falta de comida, com pouco recheio, para muitas bocas. Também a minha infância teve cheiro de omelete. Às vezes de carne moida, às vezes de sardinha, às vezes sem qualquer recheio. Minha mãe também sabia contornar o vazio da despensa e geladeira. E eis que estou aqui, adulta e sigo os passos dela sem nem me dar conta. No dia das mães esse ano fiz omelete. Não foi para lembrar da minha mãe, foi porque só tinha ovos e uma lata de sardinha. Queria ter ido a um restaurante com minha filha mais velha, a que mora comigo, mas não deu. Então, sentamos à mesa e contei a ela que omelete de sardinha é um prato raro e caro, porque sardinhas são peixes difíceis de serem encontrados e cada lata custa uma fortuna, por isso escolhi esse prato para comemorarmos o dia das mães. Ela ria muito entre uma garfada e outra por perceber meu bom humor até nos momentos quando falta tudo. Sei que quando for adulta e sentir cheiro de omelete lembrará de mim, de nós, daquele dia das mães, onde mesmo tendo almoçado algo tão simples, não poupou surpresas para mim. Fez uma caça ao tesouro, em que cada bilhetinho continha a pista para o próximo lugar onde estaria escondido meu presente. Após encontrar os oito bilhetinhos, cada um mais carinhoso que outro, finalmente encontrei meu presente: uma sandália linda, que veio em boa hora, pois estava sem nenhuma. O presente foi uma delicadeza do pai dela, que, pela primeira vez, em doze anos, lembrou que sou a mãe da filha dele. Talvez ele tenha comido omelete também...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

" Não estou falando de um mundo cor-de-rosa ou de pessoas perfeitas, sempre prontas para nos acolher, amar, caminhar ao nosso lado. Não falo disso, mas da tristeza nos olhos de quem vira as costas e a gente não vê. A beleza por dentro de um peito encouraçado que a gente não sente. A solidão de quem afasta um amor e se deita em camas tão frias. É do instante quando os olhos se perdem no nada e nenhuma mentira é capaz de enganar si mesmo. É desse instante solitário, desse instante sem abraço, que eu digo. Todo mundo vai virar as costas ou dizer que merece coisa melhor ou debochar das mentiras que eles contam...mas a gente pode sempre voltar e acolher com amor, ser os primeiros a começar. Afinal, se a hostilidade do mundo despertar a nossa, quem vai ser o primeiro a sorrir? "

Rita Apoena

segunda-feira, 7 de junho de 2010


Eu não quero sentir a obrigação de ter que me desculpar por sentir. E eu sinto muito; eu sinto muitas coisas, todas doidas, desconexas, em ciclos. Por isso gosto de ser só. Só, não preciso me preocupar em fingir que não sinto. Só, não preciso me preocupar em magoar ninguém. Só, eu sou completamente livre e é a única forma que sei viver : livre!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu, jornalista fudida

Fim de tarde dessa sexta, eu voltando para casa com R$ 20,00 no bolso e com a missão de comprar tudo que faltava: sabão em pó, amaciante de roupa, esponja de lavar louça, açúcar, leite e carne. O mercadinho mais próximo de casa cobra tudo mais caro, então resolvi passar no Hiper Bom Preço, que sempre tem promoções. O problema maior seria enfrentar a fila quilômétrica, mas vamos lá, pois economizar é preciso. De cara dispenso o sabão Omo, o único que gosto e que funciona mesmo. Parto para o tixan Ypê, por R$ 1,94. Pego o amaciante Atol, de 500 ml mesmo: R$1,05. Aproveito e trago um sabonete Lux Luxo por R$ 0,63. Vejo os leites. Ainda bem que a marca que mais gosto era a mais barata. Leite Vale Dourado: R$ 1,74. Falta o açúcar. Gosto do menos branco, que tem menos química, mas custava o dobro do branquelo.Vai o branco mesmo: R$ 1,05. Total da conta: R$ 7,33. Entrego R$ 10,00 e recebo R$ 2,65 de troco. Faltou R$ 0,02, mas tudo bem. Vou eu, carregando as sacolas, a pé, e sei que só vou chegar em casa daqui a 5 Km. Vamos Juliana, deixa de moleza. Passo na padaria que vende o pão francês mais barato. São sete por R$ 1,00. Ainda faltou a esponja e uma carne. Faço as contas. Não vai dar para comprar a carne, porque ainda preciso do meu cigarro. E como ovo, mas não deixo de comprar meu cigarro. Atravesso a rua, entro no mercadinho e encontro uma esponja por R$ 0,40, troco a carne por uma bela lata sardinha de R$ 2,09 e peço meu cigarro de R$ 3,40. Juntando a conta do Hiper, padaria e mercadinho, somo R$ 14,22. Arredondando tenho R$ 5,00 no bolso. Chego em casa, guardo minhas super compras, olho pro garrafão de água vazio e vejo que ainda faltou comprar a água. Hoje ainda é sexta, e tem sábado e domingo. Como não passo sem meu cigarrinho no final de semana, nem em dia nenhum, peguei a garrafa vazia, encaixei na torneira da pia e num piscar de olhos ela estava cheia. Daqui a pouco vai estar gelada. Pronto. Vou ter dinheiro para mais uma carteira de cigarro, afinal, cigarro não sai pela torneira...hehe!!
"Quem não tem filé come pão e osso duro".
Salve Raul!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Como não sou de mudar o cabelo, mudo a cor do blog. Está mais leve. Gostei. Combinando com meu estado de espírito. Aproveitei o feriado para deixar meu apartamento limpo e cheiroso. Adoro cheiro bom de limpeza e detesto bagunça. Depois acendi um incenso de Mirra e dancei em frente ao espelho. Feliz, estou feliz, depois de sei lá quanto tempo. Feliz por estar feliz sozinha, por gostar da minha companhia. Assisti filminho hoje também. Comigo mesma, claro. O mundo gira, e por mais que às vezes a gente pense que está tudo igual, nos surpreendemos ao ver, "de repente", as mudanças. Chris, meu amigo-amorzinho, voltou para Fortaleza hoje. Estranho, nem parece que lá é minha cidade. Não sinto a menor falta daquele calor infernal. Hoje é aniversário do pai da minha filha, meu ex marido, ex amor. Ele me ligou para saber dela e dei os parabéns a ele. Gosto de falar com ele, mas não foi sempre assim. Outra mudança bem visível...Sigo adiante, sabendo que os dias ruins virão novamente, e depois os bons, e depois os tristes, e depois os de entusiasmo, e depois os de tédio, e depois os felizes, e depois os de paixão, e depois... Escrevo assim meus dias, com lápis de todas as cores...




domingo, 18 de abril de 2010


Há coisas que sei porque acontecem, mas nem por isso deixo de senti-las. É como saber porque se está com dor de cabeça depois de uma bebedeira. A dor lá passa por conta de eu saber o motivo dela estar lá?
Estou sentindo a agonia da abstinência do abraço, do carinho, dos beijos. E com direito a todos os sintomas da abstinência: irritação, suores, tédio. Nem as cervejas despejadas aos litros no estômago me fizeram ficar alegre, ou sequer bêbada. Bebi ontem a tarde toda, a noite toda e voltei para casa como se tivesse tomado duas garrafas de 2,5 litros de Coca-cola. Estava elétrica, com vontade de ter alguém para não dormir, para enroscar o corpo, para tomar banho junto. Tive que me contentar em terminar a noite assistindo um filminho-comedinha-romantiquinha, que na verdade me deixou foi deprimida. O casal do filme se conhece depois de descobrirem que têm câncer em estado terminal. E dá-lhe eles fazerem tudo que tinham vontade antes que morresem. Por favor, me economize. A vida está em contagem regressiva desde que nascemos, e não é preciso saber que se está com os dias contados para se fazer o que tem vontade. Faço tudo que tenho vontade, desde que essa vontade não esteja condicionada a ter dinheiro, porque isso eu não tenho. Nunca tive. O dinheiro foge de mim como o diabo foge da cruz. Tenho o mínimo do mínimo que alguém precisa para viver. Tão mínimo que não consigo deixar minha conta de luz em dia, não consigo pagar meu plano odontológico há dois meses, não consigo não atrasar em pelo menos 15 dias a conta da internet. Essa está em segundo lugar na prioridade de pagamento das contas. Em primeiro vem a energia e em terceiro vem os dentes. Todo pobre tem que ter uns buracos nos dentes não é não?? As cervejas que tomo são cortesias dos amigos e amigas. O cigarro eu mesma compro.
Mas voltando ao assunto da abstinência, estou sofrendo porque estive muito abraçada, muito beijada no mês passado. E no retrasado. E agora me custa ficar dias sem carinho, sem mãos fortes para me apertar com vontade. O apartamento aqui tão cheio de espaços para festinha a dois e eu vendo filme água com açúcar sozinha. Aí me olho no espelho antes de dormir, ainda maquiada, e gosto do que vejo. Uma mulher bonita. Sorrio para mim, me desejo boa noite, ajeito o lençol e espero ao menos ter sonhos bons na madrugada...

sábado, 17 de abril de 2010

Sou só eu só, eu , só, eu...

Pois é...sexta-feira (pelo menos pra mim ainda é sexta), e a pessoa só, só. A filha fora de casa desde cedo da manhã, e a pessoa sem ninguém. Pelo menos vou dormir com algum álcool na veia. Ainda bem que existem pessoas amigas nesse mundo para me salvar do tédio de uma sexta-solteira. Ah, tá, tem goste de mim, mas tá longe, e o que é que faço com isso? Se nem sei o gosto dele, se nem sei da maciez da sua boca ou se gosto do seu abraço? É, sei, fui ficando cética. Mas é isso. A vida nem sempre é doce. Hummmm...doce... E me lembro de algo bom, doce, realmente doce, mas que agora está sem sabor. E ele, esse que não conheço o gosto, é minha companhia de agora e de toda a semana. É pra ele que conto minhas desventuras e ainda sim, é dele que ganho sorrisos e palavras carinhosas. E eu? Eu, quem sou? Não me culpem... Só só alguém que perdeu o melhor do amor e por isso mesmo talvez prefira só me divertir...só...só...Entenderam? Só! Eu que quis assim, e pago o preço de ser só.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Então sinto como se eu estivesse com todos os meus pedaços soltos por aí. Um para cada lado. Um para cada gente que passou pela minha vida. Vejo-me como bexigas flutuandos no ar, milhares delas. Lembranças e vivências espalhadas...Cada um me vê de um jeito, cada um me trata de um jeito. O que mais fica em mim são as delicadezas experimentadas, geralmente proporcionadas por quem ficou um tantinho de nada ao meu lado. Assim é que lembro de você, toda vez que vou usar a torneira da pia da cozinha. Mais que delicadeza. Atenção, cuidado, disposição para fazer algo por mim. Você, saindo no sol escaldante para encontrar uma torneira nova. Você, que viu a torneira pingando, sem chance de conserto. Não poderia só ter ido embora fingindo que não percebeu o pinga-pinga? E naquele dia estava indo para não mais voltar, e sabíamos disso... Deve ter sido proposital. Você talvez também se sinta como eu... Pedaços por aí...

sábado, 20 de março de 2010

Sem Ilustração

Eu ia escrever sobre a morte hoje. Sai de casa, de manhã, quase morta, morta de paixão. Andei porque tive que andar, mas não tinha vontade. Nem de andar nem de nada. Eu sentia tudo necrozado por dentro. Morrendo de paixão não correspondida. E morri, morri durante toda essa semana que passou, morri hoje, e não foi só uma vez. Já acordei morrendo. E eis, que, para minha surpresa, termino meu dia, bem aqui, agora, vivendo. Estou vivendo de paixão. E talvez amanhã eu volte a morrer, mas hoje vivo. Agora explodo. E o que é outra coisa, minha vida, senão explosões?

terça-feira, 16 de março de 2010

Meu mundo dança

" (...) Conforto alucinante, tranquilidade na clareira do caos
O ponteiro, ele rodou mais rápido no mesmo relógio de ontem
O que as horas guardam nos espaços do contra-tempo?


O desejo é um tempo parado

É quando se trocam as datas dos bichos e das flores
É quando aumenta a rachadura da velha parede
É quando se vira a folha, a folha da história
É quando se pinta um fio branco na cabeleira preta
É quando se endurece o rastro de sorriso
No canto dos olhos
Eu sei que a viagem é longa
A voz vai e vem
Você ta aí?
Você ta aí?
Ei, voce está aí?


Vontade de abraçar o infinito."

(Música Meu mundo, do cd Certa manhã acordei de sonhos intranquilos, do Otto)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Tristeza da porra. Deve ser todas as ressacas juntas da semana passada...Aff!! Aguento nãooooooooo.
Entendo a transitoriedade das coisas, mas me dá uma angustia quando algo acaba... Eu sabia que não faríamos planos, que não seria para sempre, que não iríamos construir nada juntos,mas durou menos do que eu esperava. Assim, nos moldes que instituimos...namoro...foi tão volátil que mal deu tempo de cair a ficha. Estamos aí, nos vemos, ficamos juntos, mas algo muda. Fica faltando a parte teatral que me faz falta. Concordo que é mais simples só combinarmos de nos ver e pronto, sem cobranças, sem chateações porque o outro não falou o que você esperava ou quando esperava. Tenho tendência de querer controlar demais a situação, e se algo não sai como planejei mentalmente, chego a me desesperar. Então, para o meu próprio bem, é salutar que eu continue sem compromisso. Sem compromisso, ouviram? Sem paixão, jamais!

domingo, 14 de março de 2010

E depois de tudo que senti nessa semana, o cheiro da chuva... cheiro é uma lembrança que não se desfaz. Gosto do seu cheiro e nem posso dizer que queria você aqui, agorinha, porque você já está aqui, por todo canto, entranhando em mim.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Por que a vida é assim?

Nem sei se dá vontade de rir ou chorar, mas o fato é que toda vez que sou correta, que não sacaneio a pessoa, só tomo no fundo do reto. E vá eu emporcalhar a história... Ah, o cabra nem do pé larga... sei não, acho que as coisas funcionam melhor no meu papel habitual de mulher infiel. Não me dou por inteira ao rapaz, é verdade, mas pelo menos não me perco toda, não me magoo toda, não fico puta comigo por nem ter atendido um telefona que até um dia atrás era tudo que eu queria... Pro inferno isso de ser certinha, eu vou é arrombar a boca do balão, como sempre fiz. Da próxima vez eu atendo eim! Beijo e me liga.

domingo, 7 de março de 2010

Uma canção para o amor

Uma canção para o amor que nunca deixei de sentir. Uma não, várias, em tons e significados diferentes. Canções para embalar o amor que não me ama, mas que eu continuo amando. E quem sente sou eu, quem vibra sou eu, quem chora sou eu. Então, canções para mim, que sinto, que teimo em sentir, teimo em não virar pedra. Domingo bom. Conversei, pedalei, sorri, senti o vento, senti paixão, senti saudade, senti.

terça-feira, 2 de março de 2010

"A hora do sim é o descuido do não."


Foi um longo jejum. Tão longo que já nem sabia mais o que era namorar. Ainda não estou sabendo. Foram tantos os nãos que eu dei (e que recebi), para tantos que me quiseram ( e que eu quis), que agora me espanto ao fazer essas concessões nunca antes imaginada. Cancei de racionalizar, de procurar motivos para não querer gostar, para não querer me relacionar. E você veio (ou eu fui buscá-lo) tão leve, tão desarmado, tão cheio de coisas boas para compartilhar, que nem pensei em dizer não. Quando vi já era sim. Sim, eu aceito namorar você. Aceito seus cabelos longos e sua barba ruiva (linda), seu braço todo tatuado (me dá tesão), seus dez anos a menos que eu (adeus preconceito). Aceito seus carinhos, seus elogios, seu querer. Você me faz bem e ainda estou tonta, sem saber como lidar com isso que explode por dentro. Eu estava segura, embalada num coração de pedra e você veio para me mostrar quem eu era; para me dizer, sem palavras, que o agora é um presente, é o que temos de paupável. Você veio para que eu voltasse a sentir paixão, saudade, vontade. Você veio para me fazer rir; para que eu conseguisse dormir abraçada novamente; para me mostrar, do alto, as luzes da cidade; para tomarmos sorvete no pote; para que eu pudesse aprender a não fazer planos. Você veio para derreter a pedra de gelo que havia se formado em torno de mim. E só podia ser você, com seu jeito, seu sorriso, seu olhar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010




M
as você é uma menina nos cabelos, nos olhos, na vida... Seu jeito está brincando de viver.

By: Gladson Morais

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ontem acordei oca e fui dormir amando.

Amando a conversa, a delicadeza das palavras,
e mais ainda, a delicadeza do modo de querer;

Amando em não ter palavras em certos momentos,
amando eu ouvir que por mim ele queria ser cada vez melhor;

Amando sentir que minha arvorezinha do amor estava apenas precisando ser regada para voltar a florescer...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Do blog Brazileira!preta

"Das coisas esquecidas atrás da estante

O começo nunca teve fim.
Busco o sofrimento como o moribundo no deserto à procura de água, rastejando, cega e surda, sem sentir nada além do cimento na barriga.

Não, eu não odeio.
Eu não amo.
Eu não esqueço.
Eu não quero.

O começo nunca teve um fim e para sempre vai ser um começo, como os contos de fadas que acabam no meio; e foram infelizes para sempre. Sem fim, sem fim. O príncipe se enforcando na ponte do castelo, tirando a corda do pescoço ao fim da cena, porque é tudo uma grande farsa, e ele não é um príncipe, apenas um menino bobo.

E todo o dia seguinte é lindo e quente e ensolarado e me atordoa porque é claro demais e eu vejo todas essas feridas e lambo todas essas feridas e elas nunca cicatrizam, toda vez que o dia chega elas estão lá, no mesmo lugar, marcas de ferro e fogo ao lado do coração burro todo sujo de tinta. Então o tempo fecha e chove, chove, granizo castigando o mundo, o céu despencando, a lama correndo aos meus pés e me afundando, sujando tudo, o olho borrado, tudo embaçado, tudo errado e fora do lugar, o vento dançando nas cortinas, jogando umas gotinhas geladas no meu rosto, perguntando porque eu não chorei. Olha, eu tentei, o sentimento estava lá, engasgado na pontinha dos meus cílios, uma lua crescendo na minha garganta, eu entre o sofrimento que me daria o que eu quero e a felicidade que me dá o que eu acho que não posso suportar porque é bom demais, porque tudo que é bom está errado, o inferno é que está certo, cutucando minhas costas com um tridente e me empurrando para frente.

O dia tem luz demais, prefiro a noite, onde meus olhos ficam muito abertos e as coisas fazem sentido. De noite é tudo como eu quero. Não tem dia no inferno. Não tem dia, não tem flor, não tem nada bonito. O inferno, querido, é meu céu. O dia não faz sentido. Sofrer faz sentido, dê cá meu chicote, já que você não tem coragem de bater.

Sem fim, sem fim. Tudo que eu tenho é um ponto final. "



terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Farelo-coração

As formigas levaram meu coração para não sei onde...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

“O silêncio é um estranho absurdo: não se diz nada e se escuta tudo. (...) O silêncio é tudo.”
(Cidadão Instigado)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010!!

Estou comemorando a chegada de 2010 há algumas horas, com algumas das pessoas que mais amo no mundo, as pessoas que escolhi para serem minha família: minhas amigas. Preparamos juntas a ceia de ano novo, sempre cantando e fazendo a retrospectiva 2009, 2008, 2007, até o ano de 1996, que foi quando nos conhecemos. Todos esses anos de amizade e só agora conseguimos nos reunir para passarmos a virado do ano juntas. Quantas histórias, quanta vida para festejar. Amigas para os momentos bons e para ir juntas consertar o carro...rsrs...isso não é um momento bom, mas amigo é pau para toda obra, e seguimos nos apoiando nos momentos difíceis e festejando as alegrias. Quantos risos, quantas lágrimas, sempre nos apoiando uma nas outras. Esse ano que terminou de se encerrar foi maravilhoso. Retornei de onde precisava refazer minhas vida, reencontrei todos os amores que pareciam possíveis, consegui meu espaço. Meu espaço, onde moro, onde tenho tranquilidade, onde dito as regras, onde encontro o aconchego da minha filha, onde busco novas esperanças. Não me lembro de ter sido tão feliz antes quanto fui nesse ano de 2009. Que 2010 venha trazendo muitas esperanças, muita vontade de realizar os planos que estão aqui guardados na caixola, muita serenidade para enfrentar algo pesado (mas necessário) que vem pela frente.
Vida longa à amizade!
A família que escolhi para mim: (da esquerda para a direita) Joseane, eu, Marília, Eduarda e Katharine