terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para começar bem 2009

Do It

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta

Se sujou, cai fora
Se da pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance

Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
E não se submeta

(Lenine)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FeLIz aNO Novo

A velocidade de mudança das coisas é de entorpercer. Bem, que venha como deve ser esse 2009. Uma coisa é certa: será de grandes surpresas e mudanças, aliás, como todos os meses de toda essa minha vida. Nunca vi alguém que muda tanto quanto eu...Camaleoa da vida total...Que venha o novo! Ou será os novos?? As novidades??? É por aí.


ADEUS ANO VELHO!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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E bem mais rápido que eu esperava, o tal emprego que vai me salvar do poço profundo apareceu. Mais um daqueles empreguinhos que não estão nos meus sonhos...Estou dando muito de mim lá, não porque eu ache que valha a pena, mas porque é mesmo minha única tábua de salvação no momento. O empreguinho e esse blog...meu amigo confidente inseparável.

Desde ontem estou murcha. Uma tristeza sem fim, vontade de chorar, nó na garganta. Não sei se é a lua minguante ou a tristeza típica de fim de ano que teima em me acompanhar. Vim andando do trabalho e pensando em quanta coisa aconteceu esse ano, em como começou tudo tão lento em janeiro e agora parece tudo tão rápido quando olho para trás. Estava em Fortaleza, trabalhei como semi-escrava numa locadora, passei meses estudando, fiz concursos, fiz viagens, revi lugares, conheci outros novos, sofri, pulei de alegria, mudei de cidade, pude conviver um pouco mais com minhas filhas, arrumei um novo trabalho, e mesmo assim nada está como gostaria. Aquela paz e calmaria que vislumbro nunca chega. Sempre numa luta ou noutra. Sempre a mesma falta de dinheiro e a presença constante das instabilidades. Sempre na corda bamba. Sempre movida a emoção. Quero sossego financeiro e emocional. Pelo menos umas dessas coisas já servia. Mas nenhuma delas é demais! Olho ao meu redor e quem sou? Uma gaveta emprestada e uma mala num canto do quarto emprestado. Estou farta. Quando vou dar certo? Esse meu otimismo me leva para onde mesmo? Sinto náusea. Parece que o mundo rodopia numa velocidade absurda. Quero que tudo pare, que eu possa respirar e andar sem essa pressa toda. Engraçado que me denomino otimista e no entanto não consigo me ver com tudo que penso merecer. Deve ser a culpa cristã que colocaram em mim...Não faço idéia onde tudo isso vai dar. Sei que há anos tento me fixar num lugar e em alguém, porém tudo escapa entre meus dedos feito areia fina. Acostumada a perder e a sentir dor já sou. O que mais falta me acontecer? Melhor nem fazer essa pergunta seriamente. Vai que coisa pior acontece.
2009 se aproxima! Tomara que algum dos meus desejos se realizem. Ou dois ou muitos!


* A cor da tristeza é cinza??
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Balada do Asfalto

Me dê um beijo, meu amor
Só eu vejo o mundo com meus olhos
Me dê um beijo, meu amor
Hoje eu tenho cem anos, hoje eu tenho cem anos

E meu coração bate como um pandeiro num samba dobrado
Vou pisando o asfalto entre os automóveis
Mesmo o mais sozinho nunca fica só
Sempre haverá um idiota ao redor

Me dê um beijo, meu amor
Os sinais estão fechados
E trago no bolso uns trocados pro café

E o futuro se anuncia num out-door luminoso
Luminoso o futuro se anuncia num out-door

Há tantos reclamos pelo céu
Quase tanto quanto nuvens
Um homem grave vende risos
A voz da noite se insinua
E aquele filme não sai da minha cabeça
E aquele filme não sai da minha cabeça

Rumino versos de um velho bardo
Parece fome o que eu sinto
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí

Há alguns dias atrás vendi minha alma a um velho apache
Não é que eu ache que o mundo tenha salvação

Mas como diria o intrépido cowboy, fitando o bandido indócil
A alma é o segredo, a alma é o segredo
A alma é o segredo do negócio

(Zeca Baleiro)

domingo, 14 de dezembro de 2008

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Setembro trouxe a primavera e todos esses domingos sorridentes.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sobre a delidadeza

Ainda sob o efeito da imensidão azul do céu e mar de Pipa, penso na delicadeza que é dar as mãos à alguém. Um gesto tão simples desse e que quer dizer tantas coisas. É como se fosse um passaporte para alcançar o lugar mais sublime do coração do outro. Andar de mãos dadas me encanta, me deixa segura. Parece que a pessoa diz: -Vê, você é importante e tem lugar em minha vida. E assim andamos, com as mãos e pensamentos entrelaçados num determinado instante. Sei que alí éramos nós dois e pronto. Era assim que eu gostaria de continuar andando. Feliz, com sorriso no rosto e de mãos dadas, sem muitos pensamentos que dispersam a alegria encontrada nas pequenas coisas, como dormir embalada pelo som da sua voz.
Toda a paisagem que visitei e vivenciei esses dias teve sua graça e beleza aumentada por ser você a outra mão que segurava a minha. Melhor que todo aquele azul é poder aprender sobre o verde dos teus olhos, é ver neles o contentamento quando me olha. E se teus olhos desviam dos meus sinto uma dor que pode ser traduzida em vazio. Sinto você indo, disperso, olhar vago, como se a procurar algo que ainda não sabe o que é. Talvez até saiba o que procura, porém não sabe onde encontrar. Em meu íntimo, num desejo bem secreto, eu queria ser o que procura. Então fico imaginando você descobrindo o amor em mim e fico vendo seu rosto de espanto, como a exclamar para si mesmo: Era você? Estava aqui o tempo todo e eu nem tinha percebido? Eu sei, é algo difícil de acontecer, e por isso mesmo causaria espanto.
Como te dizer o quanto me fez bem estar perto de ti, na "nossa casa" esses dias? Como te dizer que ainda estou entre a realidade de hoje e a de ontem? Dentro de mim tem um lapso de tempo e não consegui aterrisar totalmente. Enquanto voltava para Campina dormi no ônibus e sonhei com a gente na praia. Depois do almoço dormi de novo e também sonhei com as mesmas coisas. Parece que o cérebro não consegue dizer ao meu corpo que estou de volta. Ele ainda quer estar lá, passeando de mãos dadas, sentindo a brisa morna, vendo os golfinhos, sentindo a pele ser acariciada pelo mar de águas transparentes, olhando seus olhos...
Tanta coisa por falar, por viver e nem sei como fazer isso. E se eu deixasse a calma me levar? É o que tenho feito e o que é confundido com falta de gostar. Não posso atropelar o rítmo dos acontecimentos. Se vejo receptividade consigo extravasar todo carinho que tenho guardado para ti. E você sabe da sutil diferença entre permitir ou não que nossas mãos se entrelacem...
O que sei mesmo, e que nenhuma palavra vai te convencer nem vai pintar em ti a paisagem que trago em mim, é que fico feliz quando vou dormir e vejo que é você que aparece no último pensamento; que fico feliz quando vejo o dia acordar e trazer novamente você para mim. Então, nesses momentos, mesmo sem seu consentimento, suas mãos estão sempre dadas às minhas e sigo ao seu lado e te olho de canto de olho e te puxo para perto e te dou um cheiro bom no pescoço e te deixo um beijo sabor de amora nos lábios. Essa é minha paisagem preferida, maior que qualquer céu ou mar. É quando sinto toda a imensidão da vida, do poder gostar sem que para isso seja preciso pedir licença. É quando tenho certeza que o amor é maior que qualquer oceano...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

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Na
Estrada!!!

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Música que não vai sair da cabeça: Lost - Coldplay

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Diário de um Marinheiro de Nuvens

Surpreendente!!! Encontrei um blog maravilhoso!!! Taí um pedacinho do diário de bordo desse marinheiro:




..."E quando recebemos um presente inesperado é como se nos dessem um motivo para sentir saudades, para dizer que nossos ouros e pedras preciosas são apenas brilhos numa noite clara, que, onde o que realmente são tesouros, são essas miudezas que nos fazem fechar os olhos e percorrer os sete mares procurando alguém que talvez nem exista mais."

novamente eu colo....

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"Eu vejo um museu de grandes novidades."


(Ele, o Cazuza...)

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Depois de um longo jejum, apenas me atendo em filtrar palavras alheias para colar aqui, eis que retorno. O último mês foi de grande serventia. Observei tudo lentamente ao meu redor. Ruminei coisas ouvidas, gestos, olhares. Voltei ao passado diversas vezes. Não por saudosismo, mas para aproveitar melhor as porradas que levei outrora. Nada melhor que relembrar uma dor para saber como é bom estar assim, livre, intensamente viva para degustar devagar os acontecimentos. E têm sido tantos e bons! Inesperados, fulminates, vorazes. Depois de tempos em prisão domiciliar, queimando as pestanas em apostilas, nada como respirar com um grande e sonoro UFA no final. Mereço essas deliciosas semanas de férias e esquecer toda a chatisse que estava sendo minha vida. É, a responsabilidade de fazer algo por si mesmo cansa demais. Não acabou de todo. A sem fim batalha por um lugar à sombra continua, porém em outra escala. Temporariamente os concursos foram aposentados. Agora o negócio é arrumar um trabalho aí qualquer, enquanto a magnífica porta que tanto anseio não se abre. Será preciso arrombá-la? Não, não! Nesse período vi que sou paciente, muito paciente. Vi outros aspectos, mas por enquanto só vou falar da paciência. Ah! Como é maravilhosamente sulrreal ser balzaquiana! Sua visão de mundo, auto-conhecimento e sentimentos se ampliam. O que era extremamente importante agora não passa de um chiclete gasto e sem gosto. O que não tinha a menor importância passa a ser seu objeto do mais estimoso zelo. Pequenos gestos, poucas palavras. Muitos olhares, muitas risadas. Um dia, e há bem pouco tempo, o sentido era inverso. Um dia e seu modo de ver já não é mais o mesmo. Um dia costumava ser nada. Agora um dia é tudo!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

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Garotos
Perto de uma mulher
São só garotos...

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Segunda-feira apimentada


"Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar


Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça

Um sol na cabeça"

(Lô Borges)