quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Paz na Solidão

Ontem assisti novamente ao filme nacional Nome Próprio. Em muitos momentos reconheci os sentimentos da personagem, por já ter sentido na pele o que via. Também acreditei ter vivido uma história surpreendente em três dias e só. Mas depois percebi que o só, de somente, é o que realmente me encanta. Momentos não se repetem e o que vivemos se torna único. O momento é só, somente, como eu, como o que gosto de viver.
Não sei mais viver de outra forma senão tendo como por companheira a solidão. Não consigo ver-me caminhando ao lado de alguém, dividindo minha vida com um homem, tendo que dar direção de todos os meus passos, tendo de me desculpar se eu só estiver a fim de dormir, tendo de arrumar uma confusão para sair com minhas amigas. Aprendi a ser só e não sei mais ser de outro jeito. Mesmo que custe ficar calada, ouvindo música e jogando paciência num feriado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Para Helder, sem entrelinhas, o único doce vampiro que conheci na vida...

A música está no youtube, mas, estranhamente, não consegui colocar aqui. Então, está aqui o link. Tem esse, de 1991 http://www.youtube.com/watch?v=h5A_vBluw0E ou esse mais recente http://www.youtube.com/watch?v=3mymIrWrWPI

Venha me beijar
meu doce vampiro
Na luz do luar
Venha sugar o calor
de dentro do meu sangue
vermelho
Tão vivo tão eterno
veneno
que mata sua sede
e me bebe quente
como um licor,
brindando a morte e fazendo amor,
meu doce vampiro
Na luz do luar
Me acostumei com você
sempre reclamando da vida
me ferindo, me curando
a ferida
mas nada disso importa
vou abrir a porta
pra você entrar
beijar minha
boca
até me matar
Me acostumei com você
sempre reclamando da vida
me ferindo, me curando
a ferida
mas nada disso importa
vou abrir a porta
pra você entrar,
beijar minha boca
até me matar
de amor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pérolas

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Pérolas que minha amiga Marília Barreto achou pela net...


















sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Que tudo mais vá pro inferno, meu bem"

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Ao invés de vê-lo fui lixar as unhas e dormir. A troca foi ótima.
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Recusei todos os convites de feriadão. Aviso aos navegantes: a promoção acabou!
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Beber, agora, só se for enjaulada, acorrentada e sob vigilância das amigas.
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Eu sei, sou exagerada.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sexta, 16/10/09

Aos poucos fui abusando das noites, das cervejas e dos mesmos carinhas idiotas que só querem te comer, na cara dura. Fechei para balanço, como já fiz outras vezes. Não sei por quanto tempo vou querer ficar assim, sóbria em plena sexta à noite, assistindo filmes adocicados e me preservando das ciladas tão bem conhecidas. A gente até pensa que está na vantagem, que também só quer diversão sem compromisso, mas isso é uma grande mentira para si mesmo. Depois, o buraco que fica, nem uma carrada de concreto é capaz de tapar. Cansei de servir de consolo para rapazolas sozinhos em fim de noite. Meu corpo é meu templo, é onde habito, e não vou permitir qualquer um entrar assim, sem respeito, sem carinho, sem vontade de ficar. É um caminho inverso que vou fazer a partir de agora. Ou o caminho de volta. Vou tentar me achar lá onde desencontrei de mim mesma, no lugar onde deixei escapar meus valores mais preciosos. Sei onde fica, e é dolorido voltar lá. Vai ser um encontro amargo, cheio de remorsos e dores, porque sei que vou encontrar as pessoas que me fizeram ser quem hoje sou. Perdi toda a confiança que tinha no amor, na verdade, na fidelidade, na inocência do sentimento por conta de uns lobos em pele de cordeiro que atravessaram o meu caminho. Fui me transformando em alguém sem escrúpulos também. Cada mentira que eu descobria dos meus namorados, ia arquivando, e depois, utilizando contra os próximos namorados que pretendiam me fazer de idiota. Fui aprimorando técnicas de como enganar o merdinha que pensa que está te enganado. Aprendi a mentir olhando nos olhos, aprendi chorar para chantagear (homens não sabem o que fazer com as lágrimas), aprendi a fingir desculpar algum erro grave só para ter tempo de arquitetar uma vingança cruel. O tempo todo eu fingi e enganei. Trai todos meus namorados. É que não consigo confiar nos homens. Acho que eles são todos mentirosos. Eu bem que tentei ser correta no início da minha vida amorosa, até que descobri que ele havia ido para uma festa escondido, sem me dizer. Se não disse é porque tinha má intenção. Vi que se não começasse a agir ali mesmo, seria uma mulherzinha o resto da vida. E o trai, com um colega de colégio, na hora do recreio. Fiquei arrependida, mas não contei nada. Nessa altura do campeonato já sabia que os homens são machistas e não perdoam traição. Mas não demorou muito e beijei outro menino. Um colega de estágio. Pronto! Já não tinha mais volta. Seria infiel vida afora.
Cansei. Cansei dessa farsa que são os namoros, dessa farsa que são as noitadas. Quer saber? Talvez o que seja verdadeiro sejam essas noitadas. Ninguém tá ali fingindo que quer ser seu namoradinho. Todo mundo já sabe a que veio e todo mundo fica por uma noite se quiser, sem romancear a coisa. É, é isso. A noite é que é verdadeira. Continuo sem acreditar nos homens e nos namoros. Vejo (e participo) de tantas traições por aí. É de dar nojo. Namoradinhos perfeitos, que traem suas namoradas bobinhas (vai ver que nem são bobinhas – mas ainda acreditam no amor, com certeza). Eu vejo coisa demais. Coisa que nem deveria ver. Isso me cansa. Sim, prefiro acreditar na verdade efêmera da embriaguês, mas cansei disso também. Eu vou é ficar em casa, jogando paciência, vendo filmes sozinha e deixar o circo pegar fogo. Cansei!



Tudo que me pertence (18/10/09)

Então um dia você percebe que tudo que teve um dia, e que o tempo cuidou de tirar de você, é mesmo seu.
Do mesmo jeito que foi embora, sem que se desse conta, as coisas voltam, também sem você se dar conta.
E os dias que estavam fadados a serem vazios se preenchem com tal e com tanta intensidade que você se pega sorrindo sozinha, feliz por perceber que as pessoas têm seu próprio ritmo de querer estar perto ou longe. Você então mais uma vez reafirma o que já sabia, mas que estava esquecido em algum lugar remoto da memória: “Só é seu aquilo que você dá”. Os carinhos dados não foram esquecidos, os beijos recebidos ficaram numa boa lembrança, e, como um alvorecer depois de uma longa noite, o sol volta a brilhar, com tanta luz, que chega a te ofuscar. Felicidade é um estado de graça, onde até os sons mais ordinários ganham notas refinadíssimas. As cores ficam mais vivas, e nada precisa de motivos para ser. Simplesmente o que te rodeia, e consequentemente te pertence, se torna cada vez mais seu, mais nítido. Você muda as músicas que estava ouvindo, sua varanda não é mais solitária e só acorda de tarde, bem tarde, depois de se cansar com tudo que te dá apenas prazer. Você também percebe como perdeu tempo caçando defeitos, mentirinhas bobas e querendo ter posse do que nunca vai poder lhe pertencer. Você tinha tudo de melhor da outra pessoa, sem perceber. Agora sim, você sabe disso e não vai mais cometer os mesmos erros. Todos serão seus amantes e você, daqui pra frente, só terá as coisas boas de cada um deles. Nada de cobrar os que eles não podem ou não querem te dar. Para que? Tudo não é mesmo efêmero, inclusive a própria vida? Para quê querer apenas uma coisa se você pode ter todas? Quanto tempo jogou fora querendo controlar situações incontroláveis? Entregue-se à vida, sem mesquinharias. Afinal, se você pode ter o melhor de cada um deles, por que outras almas femininas não poderiam desfrutar da mesma coisa? Você não é dona mundo, nem quer ser alguém egoísta. Se você tem direito, todas têm. E se não for por bem, com consciência disso, será de outra forma mesmo, às escondidas. Então, vamos parar com essa história de achar que certo alguém tem que ser só seu. Ele não será, mesmo que para exercer esse direito básico, precise mentir. Melhor é ver o que lhe circunda com clareza, conhecer as regras do jogo e só trapacear quando for estritamente necessário. E não escute os covardes que usam a falsa máscara da honestidade incondicional. Quem diz isso já atesta ser a mentira em pessoa. Bem devagar você está se reencontrando com as pessoas mais sinceras que já encontrou na vida. Pessoas que só te deram amor, na forma mais intensa e verdadeira. Pessoas que até hoje continuam te querendo, sem perguntar o que você fez ontem. Elas souberam primeiro que você que amor é um sentimento contínuo e inteiramente livre. Agradeça a elas por fazerem de você alguém melhor, sem amarras. Agradeça e continue sorrindo semana afora.





Preciso achar que tenho alguém (19/10/09)

Estranhamente por esses dias, quando me vi cercada de gente por todos os lados, senti-me a mais só de todas as criaturas. Trago meu coração vazio há anos. Por vezes ele esteve preenchido, solitariamente preenchido. Preenchido por paixões de mão única que acabavam se esvaindo junto com lágrimas que não paravam de cair. Cada paixão não correspondida é um abismo em que me enfio, porque quero, porque preciso não ter o coração vazio. As eventuais companhias me deixam confusa. No dia fico eufórica, entusiasmada e no outro me sinto como se eu fosse uma peneira tentando aparar a ventania. Cada vez fica mais difícil encontrar alguém que eu possa me relacionar e continuar sendo eu mesma. Só tem uma pessoa que sabe exatamente quem sou, e por isso mesmo não consegue ficar comigo. Somos muito parecidos, sabemos muito sobre as mentiras que os homens e as mulheres contam, e seria um inferno se namorássemos. Assim, sem compromisso, conseguimos ser sinceros (e desconfio que não totalmente). Namoro, no ponto em que estamos, implicaria cobranças e desvio de rotas. Não queremos abrir mão de quem somos. Queremos continuar nos vendo e sendo autênticos. A saída é levar a sério o que sentimos, sem que para isso tenhamos que assinar contrato algum (não é você, Johannes). O pior de tudo é que, mesmo querendo preencher o contínuo vazio, não quero abrir mão da minha liberdade, de fazer o que gosto sem ter que dar desculpas esfarrapadas, sem ter que mentir. É praticamente impossível eu encontrar alguém que queira ficar comigo do jeito que sou. Tenho chatice aguda, falo o que dá na telha, gosto de sair sozinha com minhas amigas, gosto de ficar só sem ter que dar explicação, se estou muito cansada nem quero abrir a boca, detesto sujeira e bagunça, adoro filmes, adoro música alta (bem alta), não suporto a ideia de ser enganada e por isso mesmo fuço celular, computador e tudo mais que estiver por aí de bobeira. Sou extremamente carinhosa e dedicada, desde que não esteja me sentindo escanteada. Se por acaso eu sentir que algo está estranho, sai de baixo. Viro a pior naja que alguém já pode ter encontrado se eu descobrir uma traição: arquiteto vinganças dignas de roteiro de filme. Resumindo: sou virginiana. Quem nesse mundo, além da minha filha que também é virginiana, aguenta uma pessoa tão difícil quanto eu? Ou eu finjo ser quem não sou para não ficar sozinha ou vou ficar sozinha. Será mesmo que só existem essas duas opções? Será que estou sendo muito pessimista? É que depois de um final de semana tão bom, tão bom que nem consegui dormir do domingo para segunda fazendo a retrospectiva mental do que aconteceu, me vejo abandonada na segunda. É como se eu fosse alguém só sexta, sábado e domingo. Só sirvo para esses dias? E os outros cinco dias da semana? Tem horas que enche o saco servir de passatempo. O papo é bem simples de entender e de acreditar: “Vamos aproveitar só os momentos bons”. E os momentos ruins, eu passo sozinha? E os dias de carência, quem preenche? Todo ser humano é carente por natureza, e me irrito quando dizem que tenho que resolver isso sozinha. Tá, eu resolvo, assisto um monte de filme, me entupo de pipoca com leite condensado e queijo ralado, mas um cafuné cairia bem melhor. Quem sabe uns recadinhos recebidos no celular ao longo do dia? Um telefonema de boa noite? Um telefonema pela manhã, dizendo que acordou pensando em mim? São esses afagos que preenchem minha alma. Ser desejada é muito bom, mas não é o bastante. Preciso de carinho na sua forma mais sublime. Preciso achar que tenho alguém quando estou me sentindo vazia. Preciso ter alguém para gastar os bônus do dia do celular. Estou perdendo bônus de mensagens e minutos diário pra OI por não ter pra quem ligar ou escrever. Nem sei que bode é esse. Deve ser ainda o bode pós aniversário. Vai passar, eu sei.




Terça, 20/10/09

Você encontrou sua Lotte, meu doce Verter, e eu, quem sou nessa história? Não sei qual de nós dois é o mais desgraçado.
Enquanto ensaiava escrever sobre o que me circunda, tentava esconder de mim que eu queria mesmo era escrever sobre você e sobre o que representou te reencontrar depois de seis meses. Li para você pedaços da nossa história daquele caderno que teima em não querer acabar. Não sei por onde começar. Talvez por sua recente paixão ou talvez pela força que descobri ter longe de você.
Quando você foi embora, naquele dezenove de abril, sabia que algo em mim iria junto, e não teria volta. Tive essa certeza quando permiti que retornasse, e se permiti é porque sabia que estava forte o suficiente para aguentar suas idas sem fim. Fiquei surpresa ao me confidenciar que estava apaixonado por alguém inatingível. Vibrei com isso. Não poderia receber melhor presente da vida nessa circunstância. Agora, curada de você, não dói nem um pouco ser tua confidente. Vou admitir que senti até certo prazer em te ver numa paixão de mão única, igual a que nutri por você. Quem sabe assim você não passa a me entender?
- Como você está apaixonado por ela e está aqui comigo?
- Uma coisa não tem nada a ver com a outra...
Deu para me entender agora?
Estar apaixonada por você não poderia me impedir de viver. Era você que eu queria, mas enquanto você duvidava ou arrumava pretextos para não admitir que não me queria, eu ia vivendo, passando o tempo com pessoas legais, que tornaram meus dias e noites menos solitários. Essa não é sua fórmula? Desde o início eu sabia como agia, e por isso nunca deixei que fosse o único em minha vida. Mas você era o único por quem eu era apaixonada. Ah, que doce é o verbo no passado! Eu era apaixonada. Era. Mas isso não quer dizer que no presente eu não goste de você. Gosto, mas sem a devastadora paixão. E isso não quer dizer que eu não volte a me apaixonar, coisa, aliás, que acho que você quer. Eu sei que te faz bem ter pessoas apaixonadas ao teu redor. Chega a ser vital em sua vida.
Esse tempo longe de você passou tão rápido! Nem parece que fiquei meio ano sem te ver e sem praticamente falar contigo. Tanta coisa mudou dentro de mim e tanta coisa permanece igual. A gente se adapta rapidamente às situações mais adversas, e me acostumei a ficar sem você. Isso não tem retrocesso. O vazio que você deixou continuou vazio e assim vai ser, vai continuar vazio. Nem você mesmo é capaz de preencher o rombo que deixou. Ironicamente, o vazio foi quem me fez ficar forte. Você não sabe o quanto me custou olhar diversas vezes para o telefone tocando e não atender. Não podia falar contigo. Precisava te esquecer. Precisava tirar você de dentro de mim, já que estava na minha vida só por diversão. Estava querendo uma outra forma de convivência, e como não queria, tive que agir do meu jeito.
Agora parece que estamos no mesmo ‘time’. Eu gosto de você do modo que gosta de mim. A gente se diverte e fica tudo bem, pelo menos entre nós, porque vou te dizer: as coisas em mim andam meio confusas. Estou me enchendo desse negócio só de diversão e nada mais. Sinceramente, quando escrevi que estava fechada para balanço, eu estava mesmo. Mas aí resolveu todo mundo aparecer ao mesmo tempo agora e fiquei numa sinuca, querendo resolver as pendências de cada um. No fim das contas não sei se resolvi. Sei que me diverti.
Quanto à minha fortaleza, não se engane: sou mais forte do que pode imaginar. Só o rosto é de anjinho, você sabe bem...
Ser forte inclui se apaixonar quando é inevitável, chorar quando se tem vontade e sumir por necessidade de autopreservação.
Diferente das outras vezes, quando você ia e eu não sabia se voltaria, dessa vez tive a certeza que pessoas que se gostam nunca se deixam. Senti uma alegria incomum. Fiquei rindo sozinha, dançando pelo apartamento, feliz por ter me enganado em relação a você. Eu te julgava perdido, e, no entanto, tinha apenas esquecido que às vezes a ausência só confirma o quão presente é a outra pessoa em nossa vida.


“Você diz a verdade, e a verdade é seu dom de iludir.”

“A noite é muito longa e eu sou capaz de certas coisas que eu não quis fazer...Será que existe alguém ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos esse instante?”

“É tudo real nas minhas mentiras.”


"Nenhuma voz irá me fazer calar. Sou o que sou, ah, eu não douro a pílula."

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hoje é meu Aniversário

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"Eu não tenho nada pra comemorar, às vezes os meus dias são de par em par"(...)

Cazuza
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ctrl c + Ctrl v

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Do Wado:

Gargalhada Fatal

Pérola dentro da ostra, ostra
Anotações mofando nas gavetas,
Navios enferrujando no fundo do mar,
Os dias passando qual postes na estrada,
Fim de tarde, andar...
Pérola dentro da ostra, ostra
E o vento parado, os dias passando,
Os postes na estrada e a arte periférica
Grandes idéias dentro da ostra,
Vaca seguindo a manada.

Então jogo pedra no porco,
Guardo a pérola no bolso e: haha!
Minha gargalhada fatal.

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(trecho de Faz-me rir)

Somos todos uma nação
Estamos todos no mesmo vão
Estamos todos um tanto fartos
Somos todos do mesmo barco
Somos todos do mesmo chão
Estamos todos no mesmo vão
Somos poucos e um tanto parcos
Estamos todos no mesmo barco

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..."No fim do dia uma cerveja no bar
E o meu dever cumprido"...
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Monalisa


Faltou o credito do autor da obra de arte: Edonio Alves.

Essa arrepia tudo!!!

Palavra Acesa

Quinteto Violado

Composição: Fernando Filizola




Se o que nos consome fosse apenas fome
Cantaria o pão
Como o que sugere a fome
Para quem come
Como o que sugere a fala
Para quem cala
Como que sugere a tinta
Para quem pinta
Como que sugere a cama
Para quem ama
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh! pra ti amada
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh, pra ti amada
Pra ti amada

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sobre o Tempo

Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover

O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover



(Nenhum de Nós)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ctrl c + Ctrl v




É o Que Me Interessa

(Lenine)

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

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Nesse momento da minha vida precisaria de dois clones meus para poder dar conta do recado.
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Perdoa-me!

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Ganhei de Augusto Tavares. Ele disse que fez a poesia e em seguida pensou em mim:


Perdoa-me!

Já não falo em ti.

Perdoa-me!

Desaprendi a mentir

Dizer que te querias breve e urgente

era vício de minh’alma decadente


Acreditar que encontraria em ti acalanto

não diminuiu meu pranto.

Pensar que me consolarias

e porias fim aos meus problemas

foi resultado de um dilema inventado.


Perdoa-me!

Deixei de fugir

Desejar-te como um abrigo eterno

só me fez desviar do caminho que sempre quis

e ainda quero.


Perdoa-me os momentos em que te provoquei

desesperada e intensamente.

De certo eu não fingia,

mas estava perdido e impaciente.


Não penses que sou covarde

ou que temo o teu encontro.

Sei que um dia acontecerá

o inevitável confronto.

Mas terás que vir a mim

porque eu não te procurarei.


Perdoa-me morte,

hoje prefiro viver

e, quem sabe, nunca morrer

no coração de quem me amar.

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Confiança

Justificar



Ainda ontem relembramos alguns de nossos caminhos, os mesmos que nos fizeram estar ontem comemorando sua mais recente conquista. Amiga Eduarda: vou falar sobre você. É que eu te admiro tanto, que não posso deixar de registrar isso.
Agora, agorinha, não consigo lembrar ao certo como ficamos amigas. E nem poderia, já que amizade é algo de conquista. Sei que com certeza te conheci na faculdade de jornalismo, num tempo em que nossa vida nem era ssim tão parecida…eu morava com o pai da minha filha mais velha e tinha (mais ou menos) toda aquela rotina de casada. Você era totalmente livre e seu compromisso era com você mesma. Mesmo assim nos afinamos. Quando dei por mim estávamos fazendo trabalhos juntas, estávamos conversando sobre nossas vidas, estávamos nos transformando em amigas.
Depois eu “virei” mãe e você continuou vivendo seus vinte anos. E como por ironia do destino, como se fosse para nosso vínculo não se perder, logo depois você também se tornou mãe. Tempos nada fáceis, e a gente lembra bem todos nossos conflitos. Ter vinte anos e já ser mãe. Ver sua vida começando entre fraldas e choros na madrugada. Ver que seu príncipe na verdade não passava de um ogro. Ver que aquela “escolha” não poderia ser mudada nunca. Ver que a única saída seria continuar e provar a si mesmo que seria capaz. Sim, para muitos que nos olhavam apenas de fora, éramos apenas duas loucas inconsequentes. Mal sabiam eles que estávamos vencendo a nós mesmas e nos tornando cada vez mais sábias e fortes, cada uma ao seu modo. Não havia tempo para arrependimento. O tempo era da ação. Dá pra contabilizar quantos aprendizados tiramos da nossa própria história? Enquanto os cães latiam, a caravana passava…
(Disse que ia falar sobre você, mas cá estou eu escrevendo no “nós”. Mas é que tenho você como referência em minha vida e é meio difícil nesse momento disassociar suas experiências das minhas.)
E lá foi você inventar de ter outro filho e dessa vez eu que acompanhei sua idéia. Nós duas, dois filhos, muitas dores e também muitas alegrias. Nesse ponto a vida se encarregou de separar temporariamente nossa convivência. De quase vizinhas, passamos cinco anos perdidas uma da outra. Mas sabíamos que nossa amizade não era poeira e nenhum vento levaria. Nos reencontramos com nossos filhos já crescidos e isso pôde ilustrar na prática o tanto de coisas que vivemos nesse intervalo. E percebemos que igualmente aos nossos filhos, nossa amizade também tinha crescido. Ela acompanhou nossa história. Não ficou parada no tempo apanhando ferrugem. Isso é raro! Tão quanto você! Mulher forte, decidida, guerreira, batalhadora. Mulher-mãe, sublime, amorosa, destemida. Mulher cheia de sentimentos bons, que sabe amar e por isso mesmo merece alguém cheio de precicados iguais ou pelo menos parecidos com os seus.
O tempo continua sendo o de fazer, mas nem por isso deixamos de sonhar.
E sonhos que podem se concretizar são os melhores (assim aprendemos). Por isso, ontem foi um dos dias mais felizes para mim. Pude estar aqui perto e ver um sonho seu virar algo bem real, fruto de determinação, trabalho e organização. Mais que ver, pude compartilhar contigo essa conquista. Que outra pessoa confiaria em entregar o carro que acabou de comprar para a amiga dirigir? Senti-me honrada! E nervosa também…rsrs. E logo mais, em meio às cervejas da comemoração, ouvi você me dizer: - confio demais em ti, por isso entreguei meu carro em sua mão. Isso é uma declaração de amizade verdadeira, pois sei todo o contexto e todas as pedras que teve de ultrapassar para chegar até aqui. Sei também que outra pessoa, como seu pai, poderia ter dirigido para você enquanto sua carteira não vem, mas você escolheu a mim!
Andar dirigindo novamente por campina Grande me fez reviver muitas emoções. Essa cidade carrrega minha história mais profunda. Nas ruas, nos supermercados, nas padarias, nos bares, nos hotéis, nas praças, em todo lugar está marcado cada momento que vivi. Pessoas que entraram e já sairam da minha vida, lugares que frequentei e que nem existem mais, ruas que mudaram de sentido para transitar, viaduto que agora existe. Um monte de coisa mudou, menos nossa amizade.


(18.11.2008)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Alagoa-as

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Se dos olhos não caem as lágrimas
Por dentro tudo chora
Choram também meus braços sem os teus
Choram meus carinhos agora órfãos
Choram as risadas que ficaram soltas por todos os cantos
Choram as conversas que foram caladas
Choram as horas paradas no relógio

Não choro
Mas tudo chora sem ti

Chora o vinho
Chora a volúpia
Chora a rede vazia
E o travesseiro que ficou com teu cheiro
Chora a varanda sem teus olhos a contemplarem a paisagem
Chora o passarinho que vem em busca de alimento
Chora o sofá sem teu corpo para aquecê-lo
Chora a lua cheia em tua despedida
Chora o vento frio que proclama a tão conhecida solidão

Por fora tudo chora...

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terça-feira, 7 de abril de 2009

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Nesse deserto, quem te dá vida?


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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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Um computador ou uma lan house perto de casa seria de bom tamanho. Já que ando conseguindo tudo que penso...não custa querer. Mas continuo escrevendo no tradicional caderninho. Coisas de amor...
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Artigo de luxo mais desejado no momento: Tempo!
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sábado, 17 de janeiro de 2009

Ctrl c + Ctrl v

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"O amor não sabe desaparecer como explodem silenciosas as estrelas no universo. Ele está entre as coisas que passam, que são barcos, crianças correndo, ventos, mas não sabe partir. A infância, quando eu mesma era a criança que corria, esse véu de lembranças que trago, a morte, meus avessos, a rosa amarela que não terá fim porque não teve começo, as luzes que se acenderam em nós, tudo isso ainda está, permanece, enquanto passam as coisas que sabem passar."

(Claudinha Barral-dramaturga)
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

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Vejo tanto fogo de palha por aí...
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domingo, 11 de janeiro de 2009

Ê Domingueira

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Os domingos, sempre estranhos, dessa vez apareceu diferente. Ali fora o sol diz que está quase na hora de partir, e o céu pinta de tons róseos as nuvens , que mais parecem esculturas de algodão. Cá em terra firme a vida é outra, cheia de pressa e sem ensaio. As providências concretas que preciso tomar congelam qualquer tentativa de lirismo. É um não sei quê que me dá, uma dose quase letal de realidade, que lima todas as possibilidades de sonhos bobos com o amor. Nem posso dizer que tenho tentado, pois estaria mentindo. Ao contrário, tenho afastado as tentativas sinceras de corações desavisados. Minto com sinceridade, ignoro sinais, magôo desnecessariamente, me apego em farsas propositalmente criadas já para não darem certo. Minha tática de defesa virou estratégia de vida e já não consigo mais me doar. Talvez bem lá no fundo eu ainda acredite em alguma coisa que não seja a vida prática, porém não sei quando deixarei isso vir à tona. Tudo que fez ser quem sou é coisa demais em comparação com bobagens que nos fazem gastar energia a toa. A armadura que me reveste se incorporou a mim e não existo mais sem ela. Somos um corpo só e não há como se desvencilhar. Tenho estado por tantas tempestades e ao mesmo tempo passeado por tantos jardins...Quando analiso friamente vejo que há um certo equilíbrio entre as emoções sorvidas e assim sigo sempre em frente, certa que momentos bons e ruins continuarão dando o ar da graça.
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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Coisas desconexas

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Hoje vai ser uma salada mista. Algumas coisas que aparentemente soarão desconexas, mas quem está na história entenderá muito bem...Aí vai o diarinho numerado e tudo:

1- Ontem Edione finalmente chegou de porto Velho, depois de cruzar o Brasil quase todo de carro, e ainda teve pique para dar mais umas voltinhas por Campina e matar a saudade dessas ladeiras. Não deu tempo de conversamos direito ainda, pois hoje de manhã ela já rumou para João Pessoa. O cabeleireiro já estava marcado há um mês...rs...

2- A chegada dela fecha um ciclo de pessoas que sempre conviveram juntas, mas que o tempo foi afastando e agora reuniu de volta. Felicidade pura!

3- Ando com muita saudade, mas "É tudo o que eu posso lhe adiantar: o que é um beijo se eu posso ter o teu olhar?" (Céu). A declaração de amor vai escrita à mão, pelo correio.

4- Esse mês tenho muitas coisas para resolver e de certa forma estou em pânico. Recomeçar é bem mais difícil que começar. A lentidão dos acontecimentos me deixa agoniada e por vezes temerosa, no entanto não tenho outra alternativa que não seja seguir. Só não quero mais que seja em círculo.

5- Estou entre a cruz e a espada.

6- É uma delícia achar que posso ler nas entrelinhas e assim achar que descubro as mentirinhas sinceras mal contadas. Decididamente adoro os diarinhos virtuais cruzados...Você não acha ótimo ver coisas onde não existem? Não? Pensei que achasse.

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sábado, 3 de janeiro de 2009

Em 2000 Inove!

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O começo de um novo ano é um marco simbólico dentro de nós para que nossos objetivos não sejam perdidos, para que possamos dar continuidade a planos ou para dar início a um novo tipo de vida. É uma nova chance a partir do número 1. Primeiro de janeiro parece até ser um número mágico. É um novo marco, uma nova contagem e que alimenta novos ânimos. A vida não vai se resolver por milagre só porque é um novo ano, mas em nosso íntimo alguma coisa acontece de diferente. É o que sempre sinto todo recomeço de ano. E sempre muda muitas coisas em minha vida. Aliás, nesse quesito de mudança nem preciso esperar por um começo de ano. A velocidade com que as coisas mudam é notória em mim. Porém, ter a chance de poder zerar o cronômetro mais uma vez me faz repensar tudo. Muita gente nem viu o 2009 chegar, e cá estou eu, e posso fazer diferente, fazer melhor. Nessa virada, alguns propósitos importantíssimos serão enfim concluídos, outros, não menos importantes, serão implantados. Na realidade já estão sendo implantados. O passar do tempo não afeta somente a corrida cronológica do tempo. Muda principalmente nosso modo de assimilar as vivências e os erros anteriores. Não é nada agradável assistir o "vale à pena ver de novo". É entediante ouvir e ver tudo quanto você já passou num outro tempo. Se não foi agradável outrora, porque seria bom dessa vez? Novos ventos anunciam sua chegada e começo a abrir os braços para todas as mudanças que estão ocorrendo, cada uma ao seu tempo e o melhor: com a sebedoria desse Deus Tempo. "Tempo Rei, ó Tempo Rei"! Sem pressa alguma continuo minha caminhada, e ao meu lado só estará quem puder andar no meu rítmo.
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Tout à I'heure!
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