terça-feira, 29 de julho de 2008

Sombra e Água Fresca

Gosto e não gosto do que fiz com esse blog. Ele poderia ser algo mais cult, falar de livros, filmes e músicas de maneira mais poética, porém fiz dele se não um diário, um relato sem constância do que vai me acontecendo, fatos que dedilho e escolho bem. Se pelo menos eu conseguisse escrever sem reservas como outros que li por aí...me inibo e acho que tenho mesmo é que não escrever sobre tudo. Acho um pouco desonesto, mas aceito que existem coisas que só dizem respeito a mim. Por outras vezes acho até demais o que escrevo e se continuo escrevendo é porque não cabe tudo dentro de mim. Preciso colocar algumas vivências para fora, de modo que elas não ocupem um lugar dentro de mim sem necessidade. Acaba que o que há de mais profundo fica mesmo lá no fundo e só emergem na solitude.
Essa semana foram de poucos e intensos acontecimentos. As férias da minha pequena acabaram e ela voltou para o pai na segunda passada. Ficou aquele silêncio dentro e fora de mim e nada ao meu redor parecia importar. Só o meu vazio parecia belo e útil. Fiquei assim por dois dias e na quarta-feira decidi sair do "bode". Liguei para a "amiga sintonia" e nem me surpreendi quando ela disse que já ia me ligar e me convidar para ir ao sítio dos sogros. Nem pensei e fui logo arrumando a mochila. Três horas depois lá estava eu de frente para o paraíso e tranquilidade. O lugar é lindo, cheio de flores, árvores e ainda de quebra uma piscina com cascata. Foram dias de conversas, carteados, algumas bebidas, umas poucas expectativas, algumas descobertas sobre as estrelas, solzinho bom, soneca na rede debaixo das mangueiras. Voltei refeita, sem tristeza e com muito pique para tudo que virá.


"Esse fogo que queima tão lento. Vento, vento, vento."

Ainda Vander Lee...




terça-feira, 22 de julho de 2008



"EU QUE NÃO SOU 'FI DE PASSARIM', DE VENTO, NEM DE AVIÃO, NÃO POSSO VIVER ASSIM SEM TIRAR OS PÉS DO CHÃO...SE EU NÃO POSSO BATER ASAS QUE BATA MEU CORAÇÃO."

Vander lee - Tarimatutu

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cabelo vai, estrelas vêm

Ontem acordei com o cabelão e fui dormir com ele curto. Cheguei da cabeleireira chorando, fiquei triste e ainda não me acostumei com o novo visual. Adoro cabelo curto, mas não fui cortar nessa intenção. Queria um cabelo médio, com um pouco de desfiado nas pontas e até mostrei a foto da revista que se encaixava no meu desejo. Ela foi cortando e percebi que estava tirando demais. Adverti, mas ela disse que ia ficar como queria. Ficou nada! Sai desapontada, fingindo que gostei. Cheguei em casa e desabei em lágrimas. Desejei beber para me entreter e esquecer o cabelo que agora não mais existia. Então o telefone tocou. Era um paquera de um tempo e estava ligando para tomarmos uma cerveja. Ele adivinhou minha depressão pós corte de cabelo? O certo é que nos encontramos, ele adorou meu novo cabelo e bebemos muito e nos beijamos muito. O ápice da história, porém, foi algo inusitado e até quase inimaginável para a vida real: ele me convidou para vermos as estrelas em cima do teto do carro. E lá ficamos, deitados lado a lado, olhando as nuvens, as estrelas e Vênus. Quis dormir ali mesmo, e dormiria, mas ele não deixou.
Parece que uma mudança é mesmo bem vinda. Foi o cabelo, vieram as cervejas, os beijos e as estrelas. Foi uma ótima troca! Enfim uma novidade.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Verbo Partir

(Desenho que fiz no Paint, num dia de fúria)


Transformei-me no que fui deixando de viver. Hoje tudo é insoso, e se por descuido a vida me coloca numa paixão qualquer, num rápido instante cuida que ela vá embora. é bem isso. Minha história é escrita com o verbo partir.

"Mas se cantar pudesse um verme, eu cantaria tua luz"

O que tenho ouvido: "A Fábrica de Poemas" da Adriana Calcanhoto e "Breakfast in America" do Super tramp. Que fase será essa?

sábado, 5 de julho de 2008

"Maneiras plurais de ser mulher"

Li no blog Ego Under Construction e adorei: "Ao contrário do que a lógica cartesiana nos indica, as narrativas nem sempre são lineares. Entre espirais, retas, nós e triangulações, existem maneiras plurais de ser mulher."
Ando assim, bem plural. A vida tem sido uma loucura. Estou fazendo um trabalho 'freela' sem fim; minha filha está aqui de férias e passa o dia pedindo comidinhas da mamãe, carinhos e beijinhos; estou tentando me conscientizar que o cara que gosto atualmente é gay(pode ser uma reação adversa porque ele não me quer); estou com uma graninha, mas não saio pois estou sem tempo( quando tenho tempo não tenho dinheiro...ô vida besta!); faz tempo que não leio um livro ou vejo um filme; tenho dormido pouco e mal; beijo na boca nem em sonho; continuo querendo um namorado(um sonho de consumo idiota, mas quando se está só por 5 anos, é perfeitamente entendível). Enquanto as coisas que nos fazem ver passarinhos verdes não acontecem, vou voltar ao trabalho. É para segunda, segunda, segunda.